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Arlette Farge

Âncora 1
Professora Arlette
 
 
 

A Prof. Arlette Farge é professora do Centro de Pesquisa Histórica de Paris.

Ela expandiu o significado da história social e o modificou. Farge se envolveu na história das mulheres, na história urbana e na história do crime e seu policiamento e controle, bem como na história da alfabetização. Concentrando-se nas margens da sociedade, como os pobres, pequenos artesãos, mulheres e crianças e pequenos criminosos, não apenas como grupos sociais, mas também como indivíduos, ela redefiniu a arte dos historiadores sociais e o uso de suas fontes e arquivos.

Farge é uma historiadora de arquivos criativos. É uma historiadora das vozes e das formas como a "voz se torna um acontecimento", dos materiais visuais e da interação entre palavras, imagens e coisas. Seu livro The Allure of the Archives demonstra as conexões do historiador com os documentos; trata-se de epistemologia e história social dos próprios arquivos.

Ao longo de sua produtiva carreira, publicou mais de 30 livros (escritos ou editados), além de dezenas de artigos em periódicos como Annales: ESC; Política, cultura e sociedade francesas; Ethnologie Française; e Le Mouvement Social.

Este texto foi traduzido e adaptado de Dan David Prize. Arlette Farge. 2016. Disponível em: <https://www.dandavidprize.org/laureates/2016/past-social-history-new-directions/arlette-farge> 

Prêmios e Reconhecimentos

1979: Prêmio Gabriel Tarde pelo seu livro, Viver nas ruas de Paris no século XVIII.

2016: Prêmio Dan David por todo o seu trabalho e inovação.

​2020: Prêmio da Société Des Gens de Lettres de France (SDGL), pelo livro Vies oubliées. No coração do século XVIII.

 
 
 
Tópicos de pesquisa

Identidades populares do século XVIII.


Relações de gênero
 

Escrevendo história

Trajetória Acadêmica
Universidade Lycée Hélène Boucher

 

Arlette é formada em Direito, especializada em Direito Juvenil. Mudou seu foco para com a finalidade de obter um DEA - Diploma de Estudos Avançados, equivalente a um Mestrado - em história das instituições.

 

Robert Mandrou

1970

 

Arlette inicia sua trajetória na História no início da década de 70, sob a orientação de Robert Mandrou, discípulo de Lucien Febvre e sua história das mentalidades, especialista em História Moderna​. Sob as diretrizes de Mandrou, Arlette vai escrever sua primeira obra: O Roubo de alimentos em Paris no século XVIII. Com Mandrou, Arlette pode atravessar  a Historiografia Tradicional da época e inclinar-se seus interesses a um campo novo dentro do pensamento historiográfico, o que por muitas vezes, lhe custa a marginalização do seu pensamento no interior da historiografia. Ela se dedicou e debruçou-se pelos arquivos judiciários e policiais do século XVIII, tais como: processos, interrogatórios, inquéritos e relatórios de investigação, o que anos depois, vai levá-la a se tornar especialista no Século XVIII. 

História das Mulheres

Arlette Farge, é contemporânea do nascimento da historiografia das mulheres na França. Isso, porque o nascimento desse movimento nas academias francesas ocorreu em meados da década de 70. Diferente do Brasil, que abraçou o conceito de gênero americano. Com a emergência desse conceito na França, a historiografia francesa refutou o modelo norte-americano. Farge, se manteve correntemente contrária às correntes historiográficas de sua época, indo muitas vezes na contramão da historiografia tradicional. Contrária às ideias expostas na época, que colocava as mulheres em mundo exclusivo, sem relação com os homens, acredita que uma tal de história das mulheres não existe, pois ela pensa a história independe da noção de “condição feminina”. O que importa para ela, é compreender as relações entre masculino e femin. Ao mesmo tempo que para ela, a mulher é objeto de muita submissão, em certos aspectos tem muito poder. A partir de 1982, recolhe e apresenta uma antologia de textos da Biblioteca Azul que veiculam uma imagem de mulher (Le Miroir des femmes , Montalba). Participou do grande empreendimento da História das Mulheres no Ocidente , sob a direção de Georges Duby e Michelle Perrot.

Traduzido e adaptado de

Dan David Prize. Prof. Arlette Farge. 2016. Disponível em <https://youtu.be/xdz7Pscm0A4>

Este site é resultado de um seminário da disciplina de Teoria da História III, ministrada pelo Prof Dr Ricardo Machado, no curso de licenciatura em História da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó. 
Criado por Anderson Malacarne e Gabriel Vaz com a colaboração dos demais membros do grupo. 

 

Contato

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andersonluizmalacarnee@gmail.com
Gabriel Vaz
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Luiz Grolli
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